ASSOCIATIVISMO
Associativismo

O associativismo agrícola constitui uma alternativa necessária de viabilização das actividades económicas, possibilitando aos pequenos proprietários e agricultores um caminho efectivo para participarem de forma organizada na construção de melhores condições de vida e de produção.

Com a cooperação formal, a produção e a aquisição e comercialização de bens e serviços podem ser muito mais eficientes, tendo-se em vista que a meta é construir uma estrutura colectiva das quais todos sejam beneficiários.

Os pequenos produtores, que normalmente apresentam as mesmas dificuldades para obter um bom desempenho económico, têm na forma de associação um mecanismo que lhes garante a obtenção de apoios e ajudas facilitadoras da sua actividade agrícola.

Transformar a participação individual e familiar em participação grupal e comunitária apresenta-se como uma alavanca, um mecanismo que acrescenta capacidade produtiva a todos os associados, colocando-os em melhor situação para viabilizar suas actividades e cuidar das suas pertenças. A troca de experiências e a utilização de uma estrutura comum possibilitam-lhes explorar o potencial de cada um e, consequentemente, conseguir maior retorno, com menos custos, do seu trabalho e dos seus bens.

A união dos pequenos produtores em associações torna possível a aquisição de serviços, quando divididos entre vários associados, tornam-se acessíveis e o produtor certamente sai lucrando, pois reúne esforços em benefício comum, bem como o compartilhamento do custo da assistência técnica agrícola e gestão, de organização e reivindicação e de capacitação profissional.

Certamente, uma parte das soluções dos problemas portugueses, passa pelo reconhecimento da actividade agrícola. Importa exigir do governo a adopção de um enfoque que torne a agricultura como sector essencial para o desenvolvimento português. Neste sentido, a organização do produtor rural é fundamental para a aquisição desta conquista de forma a defender os interesses dos associados, produzir e comercializar em forma de cooperação, reunir esforços para reivindicar melhorias para a sua actividade e comunidade, melhorar a qualidade de vida e participar do desenvolvimento de sua região.

As associações que se organizam e garantem um processo participativo, tendo como principal objectivo o permanente interesse do grupo, tendem a prosperar. Ao atingirem suas metas, novos horizontes se estabelecem, impulsionando suas actividades.

 Associativismo de Base Regional pode encontrar-se ema Organizações como a ARAAM e em termos de Associativismo de nível nacional pode referir-se a CNA- Confederação Nacional da Agricultura.

No Associativismo Agrícola pode “enquadrar-se” em 3 tipos distintos:

Associações socioprofissionais, tendo como objectivo e funções defender os interesses sociais e profissionais dos agricultores, como é o caso da ARAAM e da sua confederação nacional, a CNA- Confederação Nacional de Agricultura.

 Associações Socioeconómicas em que já inclui a “vertente económica”, como sejam as cooperativas agrícolas

Associações de Fileira em que se juntam os vários intervenientes -  Produção, Transformação, Indústria e o Comércio.

De forma geral, no associativismo agrícola, existem aspectos que devem ser tidos em consideração para que cumpra a contento as suas funções, respeitantes à constituição, funcionamento, financiamento, utilidade, avaliação e rejuvenescimento.

No que reporta à constituição ela deve corresponder a uma necessidade sentida de modo a atrair, incentivar e tornar empenhados e participativos os seus “membros”, sejam eles individuais ou colectivos. Devem, ainda, ser objectivas e claras as suas finalidades.

Quanto ao funcionamento, para além da indispensável democraticidade, importa que ele seja claro, transparente, eficaz e eficiente.  Que os ossociados se revejam e tenham orgulho na sua associação, cumpram os seus deveres e usufruam dos seus direitos.

O financiamento das organizações associativas é um dos maiores problemas que estas enfrentam. Quer as socioprofissionais, quer mesmo as socioeconómicas têm sérios problemas e correm fortes riscos. Há, portanto, que ponderar bem estes aspectos e procurar ultrapassá-los ao longo da sua existência.

As contribuições/quotizações dos associados deveriam ser o suporte duradouro nas socioprofissionais e as “mais valias” e “margens” o das socioeconómicas, bem como o recurso aos apoios institucionais da prestação de serviços, tal como deverá evitar-se uma “estrutura pesada” que dê origem a encargos fixos elevados

As organizações associativas devem ser criadas e funcionar de tal forma que o associado veja nelas a sua a utilidade e alguma vantagem pessoal, profissional e económica.

Importante e indispensável se torna, também, a avaliação - como está a funcionar, como está a ser gerida, o que corre mal, o que corre bem, pontos fracos e estrangulamentos, correcções e alterações a fazer.

Bem importante, útil e necessário, é o rejuvenescimento, de forma  a não  haver eternização nos diversos cargos e funções que podem conduzir ao afastamento e desinteresse de muitos associados e ao não reforço em quantidade e em qualidade. Os conhecimentos e a experiência são indispensáveis, mas o rejuvenescimento é-o igualmente.

 Associativismo Agrícola da ARAAM

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